quarta-feira, 20 de maio de 2009
Política para a natalidade!Filhotes comemorados e emancipados!Felicidade!
Comemoramos, menos de um ano depois do início do Projeto Nossas Expressões,a notícia da continuidade de uma das iniciativas nascidas de sua 1ª edição: O Grupo Teatral Os Intransigentes passa a desenvolver suas atividades na sede do DCE todo sábado a partir de 23 de maio.Os Intransigentes começou sua atividade no espaço do Nossas Expressões com uma oficina criativa chamada "Dois em Crise", proposta a partir dos textos escritos pelo Daniel Farias e pelo Júlio Saudosista com o desfecho aberto às participações da platéia e à sua própria atuação.O Rafael Bruno, por exemplo, não resistiu ao chamado do texto e encarnou em um vestidinho mínimo a personagem criada pela platéia e por ele mesmo na apresentação do encerramento da edição de 2008.
Os intransigentes já estão convidados para uma nova participação no Nossas Expressões que retoma o roteiro de 2008 e começa o de 2009 no próximo dia 30 de maio na Sede do DCE e do CUCA da UFPel, ali na Praça Cel Pedro Osório nº 62( pela Félix)a partir das 18 horas.O Rodrigo Giovanaz do CaHis, o Gustavo da Museu e o Schneider da Odonto sempre dizem que assim que tiver Nossas Expressões voltam a tocar.Fica o convite para quem quiser levar uma poesia, seus desenhos, comentários, trabalhos...enfim: é o nosso lugar de expressar pensamentos e sair do isolamento!
VIDA LONGA A'OS INTRANSIGENTES!!! E muita força para tudo que nascer da criatividade dos estudantes da UFPel!Celebramos o primeiro filhote e torcemos por muitos outros vindouros!
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Sobre o Ofício de Construir Estrelas e os Riscos das Verrugas
ResponderExcluirPor Mauro Iasi
Eis minhas mãos:
não tenho porque esconde-las,
ainda que, por teimosia,
tragam verrugas nos dedos
por apontar estrelas.
Este é o nosso ofício:
cavalgar verdades cadentes,
eternos/caducos presentes
que comem a si mesmos
mastigando seus próprios dentes.
Assim são estrelas:
tempo que tece a própria teia
que o atrela, cavalo que cavalga
a própria sela.
Distanciamento
Objeto
Estranhamento
Espera
como pintor ensandecido
que reprova a própria tela.
Este é o nosso ofício,
este é o nosso vício.
Cego enlouquecido,
visão por trevas tomada
insiste em apontar estrelas
mesmo em noites nubladas.
Ainda que seja por nada
insisto em aponta-las
mesmo sem vê-las
com a certeza que mesmo nas trevas
escondem-se estrelas.
Enganam-se os que crêem
que as estrelas nascem prontas.
São antes explosão
brilho e ardência
imprecisas e virulentas
herdeiras do caos
furacão na alma
calma na aparência.
Enganadoras aparências...
Extintas, brilham ainda:
Mortas no universo
resistem na ilusão da retina.
Velhas super novas
pontuam o antes nada
na mentira da visão repentina.
Sim
são infiéis e passageiras.
Mas poupem-me os conselhos,
não excluo os amores
por medo de perdê-los.
Os que amam as estrelas puras
tão precisamente desenhadas
fazem para si mesmos
estrelas finamente acabadas.
Tão perfeitas e irreais
que não brilham por si mesmas
nem se sustentam fora das bandeiras
e do branco firmamento dos papéis.
Assim se constroem estrelas puras
sem os riscos de verrugas.
Cavalgarei estrelas
ainda que passageiras
pois não almejo tê-las
em frio metal
ou descartável plástico.
Simplesmente delas anseio
roubar a luz e o calor
sentir o vento fértil de seu rastro
tocar, indecente,
meu sextante no seu astro
na certeza do movimento
ainda que lento, que corta a noite
desde a aurora dos tempos.
Eis aqui minhas mãos:
não tenho receio de mostra-las,
antes com verrugas que
em bolsos guardadas.
Eis minhas verrugas,
orgulho-me em tê-las,
é parte do meu ofício
de construtor de estrelas.
Gastarei as verrugas
na lixa da prática,
queimarei as verrugas
com o ácido da crítica
e aprenderei com as marcas
que as estrelas se fazem ao fazê-las
por isso são estrelas.